Em dois anos, BTP se torna segunda maior operadora de Santos

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Imagem Aérea Brasil Termina Portuário - Alemoa - Santos
Companhia que trabalha com contêineres tem respaldo de armadores e de equipamentos mais modernos
Em menos de dois anos de operação, a Brasil Terminal Portuário (BTP) se transformou em um dos maiores terminais de contêineres do País. Hoje, a empresa – formada por uma joint venture entre as estrangeiras Terminal Investment Limited (TIL) e APM Terminals – ocupa a segunda posição do ranking de operadores do porto de Santos, colada na líder Santos Brasil.
Pelos últimos dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o complexo santista, a BTP movimentou 584 mil contêineres entre janeiro e setembro deste ano – bem próximo da concorrente Santos Brasil, que carregou 622 mil unidades. Juntos, os dois terminais movimentaram quase dois terços de tudo que entrou e saiu no porto de Santos – responsável por 27% do comércio exterior brasileiro.
Por trás da velocidade de crescimento da BTP, que, no ano passado, movimentava menos da metade do volume da Santos Brasil, estão poderosas companhias de navegação do mercado mundial, como a dinamarquesa Maersk e a suíça MSC. As duas armadoras compõem a estrutura societária de TIL e APM, donas da BTP. Esse tem sido o principal argumento dos concorrentes para explicar a perda de carga para o novo terminal. Em outras palavras, significa dizer que a empresa tem a garantia de escala dos armadores no cais.
Mas, além dos sócios poderosos, seja do ponto de vista de capitalização, seja de experiência na área portuária, há outros fatores que determinam o sucesso do terminal. Entre eles está o uso de equipamentos modernos, que elevam a eficiência da operação.
a movimentação média atual do terminal é de 33 movimentos por hora
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O principal deles é o chamado portêiner, que é um grande pórtico que retira e coloca os contêineres nos navios. Quanto mais rápido esses equipamentos carregarem ou descarregarem uma embarcação, menor é o custo dos armadores – para ter uma ideia dos custos, a diária de um navio em Santos varia de US$ 15 mil a US$ 20 mil.”Nossa preocupação não é ser o número 1, mas ser o mais eficiente. Não estamos numa corrida de Fórmula 1″, afirma o diretor comercial da BTP, Cláudio Oliveira. Segundo ele, a movimentação média atual do terminal é de 33 movimentos por hora. Ou seja, essa é a capacidade de cada um dos oito portêineres em operação. Oliveira destaca, entretanto, que a eficiência depende do bom funcionamento de todo o terminal, da entrada do caminhão com carga até o embarque (ou vice-versa).