O embate entorno dos números teve início após a divulgação de relatório do Inpe que revelou que o desmatamento na Amazônia havia disparado na primeira metade de julho deste ano e superou a toda a taxa registrada para o mês no ano anterior. As informações desagradaram o presidente Jair Bolsonaro, que que acusou os dados de serem “mentirosos” e sugeriu que Ricardo Galvão, presidente do Instituto à época, estava a “serviço de alguma ONG”. Galvão foi exonerado do cargo.
Em setembro, em meio ao drama das queimadas no Pantanal, foi a vez do vice-presidente Hamilton Mourão fazer insinuações sobre um suposto opositor do governo que estaria infiltrado no Inpe e, por sua vez, divulgaria dados negativos sobre as queimadas.
— Se o vice-presidente disse isso, é a declaração dele. Eu não tenho o que contestar o que ele disse ou deixou de dizer. Todos tem direito a opinião. Vamos pensar assim: há opositores de governo em qualquer lugar. Dentro da rádio, dentro do Inpe, dentro do ministério, é claro que há. Todos têm pessoas de todas as naturezas. Isso é absolutamente natural. Toda sociedade, todo governo é permeado por pessoas de pensamentos distinto — avaliou De Nardin.
Fonte: GAUCHAZH /TIME LINE / KELLY MATOS