Delação obtida por Esteves mostra fragilidade do sigilo da Lava Jato

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André Esteves, do BTG Pactual. / REUTERS
André Esteves, do BTG Pactual. / REUTERS

O banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, preso nesta manhã, é acusado de obter ilegalmente documentos sigilosos da Operação Lava Jato. Segundo as investigações, Esteves tinha cópia de uma minuta do acordo de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró que tinham até anotações manuscritas do próprio ex-executivo da petroleira. A posse do documento indica que  Esteves teve acesso a um canal ilegal de vazamento de informações, mostrando uma rachadura no cerco sigiloso da Operação Lava Jato.

As informações constam no pedido de prisão do senador petista Delcídio Amaral feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em 20 de novembro deste ano, que corria em segredo de Justiça até a manhã desta quarta, quando a detenção foi realizada.

“Fica claro, em verdade, pelo relato do congressista (Delcídio), que André Esteves exibiu o documento sem se constranger de havê-lo obtido de forma indevida, o que corrobora a tese de que ele está disposto a obter informações por meios ilícitos para evitar que a Operação Lava Jato tangencie o Banco BTG Pactuai”, afirma Janot no pedido de prisão.

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