>Crescimento forçará a melhoria na infraestrutura regional

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Jornal do Comércio do Rio Grande do Sul fez uma extensa reportagem sobre o Polo Naval que está se instalando em Rio Grande. A reportagem assinada por Jefferson Klein traça um interessante perfil de toda a região sul e os investimentos que estão sendo  realizados  na região.A seguir alguns trechos da matéria:


A perspectiva de novos empreendimentos navais na Metade Sul, principalmente em São José do Norte, gerará a necessidade de investimentos nas cidades de toda a região. O presidente da Câmara de Comércio da Cidade de Rio Grande, Paulo Somensi, ressalta que será preciso solucionar algumas questões logísticas.


Paulo Somensi, Pres. Câmara de Comércio do Rio Grande



 Ele argumenta que, em um primeiro momento, grande parte dos trabalhadores que atuarão nos estaleiros de São José do Norte fixará residência em Rio Grande, uma cidade de maior porte e com melhor infraestrutura. “Então, será fundamental que seja aprimorada a travessia entre os municípios, tanto para as pessoas, como para os veículos”, defende o presidente da Câmara de Comércio.


O deslocamento entre as localidades atualmente é feito por lanchas e por barcas. Os empresários envolvidos com o polo naval também vislumbram mudanças na região. O CEO da Ecovix, Gerson de Mello Almada, afirma que a empresa sempre enxergou no município de Rio Grande um enorme potencial para o setor offshore. 

Gerson de Mello Almada, CEO da Ecovix

O dirigente diz que a expectativa é de que a região registre um enorme crescimento nos próximos anos. “Pelos estudos elaborados com base no número de empregos gerados, acreditamos que Rio Grande brevemente se tornará uma das maiores cidades do Estado, com cerca de 420 mil habitantes”, prevê Almada. 


O gerente de Implementação de Empreendimentos para a P-55, Edmilson Soares de Medeiros, concorda quanto à perspectiva de crescimento. “O futuro de Rio Grande é promissor, porque quando se tem uma indústria naval instalada já se está em vantagem competitiva”, garante ele. Todo esse desenvolvimento não seria possível sem a concretização do dique seco em 2010, que hoje pertencente à Ecovix, sendo que a Petrobras tem o direito de uso exclusivo por dez anos, através de contrato de locação. A estatal inclusive impôs no processo licitatório da P-55 que a finalização da plataforma fosse feita no complexo. 


A estrutura tem 350 metros de comprimento, 130 metros de largura e 17,1 metros de altura e é equipada com um pórtico capaz de erguer até 600 toneladas. Um dique dessas dimensões (entre os maiores do mundo) permite a construção simultânea de dois navios petroleiros ou duas plataformas. No dique também podem ser docadas plataformas ou navios para realização de reformas, conversões ou reparos.