Conheça a estação Concordia

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À esquerda, os geradores e caldeiras; a galeria que atravessa os dois edifícios termina numa escadaria de acesso ao solo. / 75°05′ S, 123°19′

Localizada no Dome C, uma das colinas de gelo mais frias do planalto Antártico, foi inaugurada em 2005 como base permanentemente habitada, uma estação científica de arquitetura simpática e original: dois grande cilindros facetados, de três andares, sobre pilares móveis, com uma galeria de interligação no 1º piso; revestimento branco com molduras vermelhas que garante um isolamento térmico resistente a 100º C de diferença entre o interior e o exterior.

Os pilares que suportam os edifícios são comandados hidraulicamente para permitir regular a altura ao solo.

Um dos edifícios é dedicado a atividades “sossegadas“: laboratórios, alojamento, enfermaria, sala de comunicações, estação meteorológica. A capacidade de alojamento normal é de 65 pessoas, a ocupação oscila entre umas 15 a 20 de Inverno a um excesso acima de 70 no Verão, com alojamento extra em tendas.

O outro edifício destina-se a atividades “agitadas“: sala de reuniões, escritórios, biblioteca, refeitório e cozinha, ginásio, sala de vídeo, TV e convívio, apoio logístico.
Geradores eléctricos, caldeiras, tratamento das águas, etc., estão num edifício anexo, vermelho.

 


Essa secura e quietude faz do local um sítio excepcional para observação astronômica. Além disso, não há poluição atmosférica nem luzes a encandear – exceto a da Lua cheia e as das Auroras Austrais. A Concordia trabalha em estreita cooperação com a ESA – Agência Espacial Europeia.

 

       A sensação de se estar num futuro mais adiantado, séculos à frente, de pureza e quietude.

O Dome C eleva-se em encosta suave, mal se nota, até 3 233 m, como se fosse uma deformação da calota de gelo Antártica. Em qualquer direção, não há “nada” num raio de 1100 km. A essa distância chega-se ao mar, ou a outra estação – italiana, francesa ou australiana. Destas estações provém o biocombustível, peças suplentes e outros produtos indispensáveis ao funcionamento da base. O transporte faz-se num longo comboio de contentores puxados por tratores com lagartas mais conhecido como “raid“. A ida e volta demora um mês.