Em seu mais recente boletim, a Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) manteve o prognóstico de encerramento do fenômeno La Niña no decorrer deste outono e neutralidade para o inverno 2018. Segundo o órgão, a temperatura das águas do oceano Pacífico equatorial ainda estão mais baixas que o normal e a atmosfera responde como La Niña.
Entretanto, em profundidade, áreas com águas quentes devem surgir ainda no outono em todo o centro e oeste do Pacífico. E, por consequência, decretar o término do atual fenômeno.
Já existe muita especulação para o aparecimento de um El Niño no segundo semestre que iria favorecer mais as lavouras do Rio Grande do Sul na safra 2018/2019. Em contrapartida, o Nordeste do Brasil teria um volume de chuvas menor.
A NOAA ainda trabalha com cenário incerto. Isto pela menor habilidade das simulações nesta época e pelo acontecido nos últimos anos.
Em 2012, 2014 e em 2017, três previsões de El Niño acabaram frustradas. O aquecimento não foi intenso nem duradouro suficiente para formação do fenômeno.
Em parte, o problema possivelmente está na Oscilação Interdecadal do Pacífico. Por conta dela, por um período de até 30 anos, observa-se maior frequência de La Niñas ou El Niños. As simulações foram concebidas no período positivo, onde era mais “fácil” aparecer El Niños.
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