Casco da P-74 chega a São José do Norte e vai gerar até 700 empregos

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As obras no EBR, que começou as contratações há duas semanas, já acontecem desde este domingo e têm previsão de entrega até janeiro de 2017
As obras no EBR, que começou as contratações há duas semanas, já acontecem desde este domingo e têm previsão de entrega até janeiro de 2017 / Praticagem da Barra

Já está no estaleiro EBR o casco da plataforma de petróleo P-74. A estrutura, que deixou o estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro, há quase um mês, chegou ao EBR, em São José do Norte, por volta das 17h de sábado. Agora, o casco receberá a instalação de módulos da planta de produção e de processamento de petróleo e gás, além da integração dos seus sistemas.

Os trabalhos gerarão até 700 vagas, que, em acordo da empresa com o Sindicato Metalúrgico de Rio Grande e São José do Norte (Stimmerg), deverão ser preenchidas com trabalhadores das duas cidades.

“Não atenderá toda a demanda da região, porque o número de desempregados ainda é muito grande, mas já ameniza a situação”, argumenta o presidente em exercício da entidade, Sadi Machado. Existem hoje em torno de 5 mil desempregados do ramo nos municípios. A preferência será dada aos trabalhadores que comprovarem residência em Rio Grande ou São José do Norte, e profissionais de fora só serão contratados caso nem estaleiro nem sindicato encontrarem, na região, profissionais aptos a alguma função. No total, o casco da P-74 tem 326,2 metros de comprimento e uma largura de 56,6 metros. A plataforma terá capacidade para produzir até 150 mil barris diários de petróleo e comprimir 7 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia.

As obras no EBR, que começou as contratações há duas semanas, já acontecem desde este domingo e têm previsão de entrega até janeiro de 2017. O estaleiro deve passar, segundo Machado, de 1,2 mil para cerca de 2 mil empregados com a chegada do casco. O Polo Naval vive também a expectativa pela chegada dos cascos da P-75 e da P-77 ao estaleiro QGI, em Rio Grande, o que intensificaria os trabalhos nessas plataformas. A vinda dos cascos geraria pelo menos mais 2 mil novas vagas no QGI, que tem hoje cerca de 200 trabalhadores, segundo Machado. O dirigente lembra que existem também pouco mais de 5 mil funcionários no estaleiro Ecovix, também em Rio Grande. “A tendência, porém, é de diminuir esse número conforme forem edificados os módulos”, projeta Machado.