Cabos submarinos unem Rio Grande a São José do Norte

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16 trabalhadores participaram de uma grande operação no canal de acesso ao Porto do Rio Grande na montagem dos cabos submarinos / Fotos Jorgito Santos

por DINIZ JÚNIOR

A operação de logística e de instalação foi coordenada pela empresa de Rio Grande VSP OFFSHORE e contou com o apoio de um navio lança-cabos uma lancha, um Jet Ski e 16 técnicos, sendo que seis são mergulhadores. O lançamento dos cabos também contou como apoio da empresa CS Serviços Marítimos com sede no Rio de Janeiro. Foram lançados 3 quilômetros de cabo de fibra óptica,1,5 quilômetro em cada via. O serviço foi contratado por uma empresa provedora de internet que atua no Rio Grande do Sul.

Os cabos foram instalados na área demarcada e homologada na carta náutica para cabos submarinos. A linha de transmissão atravessa o canal de acesso ao porto rio-grandino desde o Tecon, em Rio Grande, até São José do Norte, na 5ª Secção da Barra.

Na opinião do diretor da VSP OffShore, Vinicius de Sá Perazzo, essa instalação abre um novo cenário de telecomunicações na região. “Estamos honrados em participar desse projeto que fará com que a empresa dê um salto de nível no que diz respeito à internet”, frisou Perazzo.

De acordo com o site TeleGeography.com, no início de 2018, eram aproximadamente 448 cabos submarinos em serviço em todo o mundo. Mas o total de cabos está em constante mudança conforme novos operadores entram e os cabos mais antigos são desativados por questões como aposentadoria, rompimento e outros acidentes.

O rápido avanço tecnológico ocorrido nas telecomunicações e a necessidade de maiores taxas de transmissão que permitam diversos serviços, como multimídia, internet, teleconferência e outros, fazem do cabo de fibra óptica o melhor meio de transmissão.

 

SEGURANÇA AO MEIO AMBIENTE

Mas não é só realizar o lançamento dos cabos. É mais do que isso. É necessário muita técnica e habilidade para fixá-los no leito do mar. Eles devem se manter nas superfícies planas do fundo do mar, e é importante evitar recifes de corais, navios afundados, leitos de peixes, outros habitats naturais e obstruções em geral. Os cabos que ficam em áreas rasas são enterrados com a ajuda de jatos d’água de alta pressão. No caso de Rio Grande, a profundidade que foi feita a instalação é de 15 a 18 metros, onde se “rasga” a terra (o leito) para os mergulhadores fazerem o enterramento e colocarem as proteções mecânicas. Os cabos submarinos foram projetados para operar no fundo do canal, minimizando ao máximo as interferências relacionadas à movimentação das embarcações que utilizam os serviços portuários.

 

VSP OFFSHORE

A empresa está localizada em Rio Grande (RS) e é especializada em obras subaquáticas. Atende agências marítimas e armadores de navios para serviços de transportes e aluguéis de embarcações, inspeções, limpezas de casco, hélice, caixa de mar, reparos e salvatagem. Também atua na limpeza de diques, molhes, remoção de incrustações, manutenções e resgates emergenciais, e recuperação estrutural submersa. Recentemente inaugurou uma filial em Paranaguá (PR). Mais informações no site https://www.vspoffshore.com.br/