Armadores reajustam frete para recuperar margem

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Entre o fim de 2010 e hoje o valor médio dos fretes de exportação do Brasil para todos os destinos caiu entre 40% a 50%, diz a Hamburg Süd, líder nos tráfegos com o Brasil.
Entre o fim de 2010 e hoje o valor médio dos fretes de exportação do Brasil para todos os destinos caiu entre 40% a 50%, diz a Hamburg Süd, líder nos tráfegos com o Brasil.

Os maiores armadores do mundo no transporte marítimo de contêineres começaram ontem uma rodada global de aumento de fretes que vai abranger também a maioria dos tráfegos com o Brasil. Os reajustes variam por armador, rota, sentido da rota – exportação ou importação -, e por tamanho de contêiner, indo de US$ 100 a US$ 750 por unidade.

A primeira razão para a alta é estrutural: os armadores estão com um custo adicional para posicionar contêineres vazios para atender exportações brasileiras, pois a viagem que historicamente pagava as rotas com o país era a importação – que implodiu com a crise. Outra é conjuntural. As exportações estão crescendo, resultado da apreciação do dólar. Isso, aliado à retirada de espaço nas linhas para ajustar oferta e demanda nos navios, permitiu o reajuste dos fretes.

Aproximadamente 95% do comércio exterior brasileiro em volume é feito via marítima. O transporte regular, realizado em contêineres – onde estão as cargas de maior valor agregado -, é dominado por companhias estrangeiras. A negociação do preço do serviço é livre entre o transportador e o dono da carga (o embarcador).