Argentina oferece recompensa milionária a quem encontrar ‘ARA San Juan’

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O presidente da Argentina, Mauricio Macri, a vice-presidente, Gabriela Michetti, e o ministro da Defesam Oscar Aguad, se encontram com familiares dos tripulantes do submarino desaparecido ARA San Juan na Casa Rosada, em Buenos Aires, na terça-feira (6) (Foto: Juan Mabromata/AFP)

O presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou nesta semana uma recompensa milionária para quem localizar o submarino “ARA San Juan”, desaparecido em 15 de novembro passado no Atlântico Sul.

“O chefe de Estado anunciou que o governo recompensará com uma quantia milionária quem der a localização do navio da Armada [Marinha de guerra] argentina”, confirmou a Presidência em um comunicado.

“Vai oferecer uma recompensa milionária. Mas aparte disso, não pode dizer mais nada porque não tem algo certo para nos dizer”, declarou à AFP Itatí Leguizamón, esposa do submarinista Germán Suárez.

Macri recebeu na sede do governo os familiares dos 44 tripulantes que o navio levava a bordo quando se perdeu entre Ushuaia (extremo sul) e Mar del Plata, 400 km ao sul da capital argentina.

“Não é a palavra do senhor presidente que vai tirar a dor que eu sinto, o desamparo que senti estes 83 dias. Hoje só quero que cumpra”, expressou à AFP a esposa do tripulante Hernán Rodríguez, Marcela Moyano.

Os familiares exortaram ao presidente para ampliar a área e os recursos para conseguir a localização do navio.

Luis Tagliapietra, pai do submarinista Alejandro, detalhou que pediram à Presidência “a contratação de empresas privadas que colaborem com a busca, solicitar ativamente a cooperação dos pesqueiros que se ofereceram a ajudar a procurá-lo”.

“Que a comunicação seja mais fluida, que se averigue a verdade, que se colabore com a Justiça” foram outros dos pontos solicitados ao governo, segundo Tagliapietra.

Junto de Macri participaram do encontro a vice-presidente Gabriela Michetti, o ministro da Defesa Oscar Aguad, o secretário-geral da Presidência Fernando de Andreis e o vice-almirante José Luis Villán, encarregado do Estado-maior da Marinha.

“Queremos saber o que acontecer: se houve corrupção no conserto do barco, se houve negligência, e se foi um acidente também queremos sabê-lo”, assegurou Aguad, segundo um comunicado da Presidência argentina.

 

O ministro da Defesa indicou que, “além dos barcos da Armada, continuará a assistência por parte de um navio russo e a possibilidade de que também se some à busca uma embarcação científica”.