por FERNANDA BALBINO / Tribuna de Santos
Agentes marítimos reclamam da demora no atendimento na Alfândega do Porto de Santos. Segundo a categoria, isso acontece por conta do reduzido número de senhas que são disponibilizadas logo cedo pelo órgão. Há relatos de profissionais que vão às 7 horas para a fila e, mesmo assim, não conseguem ser atendidos.
De acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, este é um problema recorrente. No entanto, se agravou após as recentes paralisações dos auditores fiscais, que pedem reajuste salarial, entre outros pleitos.
“Estão impondo um limite para atendimento ao público e isso está prejudicando o trabalho de muita gente. Navegação é uma coisa dinâmica. Essas limitações podem prejudicar o importador e, com a greve, as operações se acumulam e fica ainda mais difícil conseguir cumprir as tarefas”, explicou o representante dos agentes.
Segundo Roque, são várias as reclamações, mas as empresas preferem se posicionar através do Sindicato. Na maioria dos casos, essas senhas são retiradas quando é necessário fazer alguma correção nos documentos das cargas que integram os processos de liberação de mercadorias, ou ainda quando existe a necessidade de algum pedido adicional.
“É uma situação que causa retenção dos contêineres, demora na liberação das cargas, reclamações e ainda mais custos operacionais”, explicou o diretor do Sindamar.
Paralisações
Estimativas do Sindifisco apontam que, a cada dia de paralisação, mil contêineres deixam de ser liberados. Com isso, o prejuízo diário chega a R$ 100 milhões.Mas os agentes estimam que o prejuízo seja ainda maior. Segundo eles, por dia de greve, 2 mil cofres de importação têm sua liberação atrasada. Já na exportação, são 1,5 mil que deixam de receber o aval dos auditores para seu posterior embarque.
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