A relação entre o Brasil e Cuba vai além de turismo e Mais Médicos

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Dilma Rousseff e Raul Castro na inauguração do porto Mariel. / AFP

A relação Brasil-Cuba vai muito além da “exportação” de 16.000 turistas brasileiros ao ano e a “importação” de 7.300 cubanos para o programa Mais Médicos. Os negócios entre os dois países se intensificaram um pouco depois do fim da ditadura militar brasileira, que era contrária ao comunismo que impera na ilha.

Os dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio mostram que, em 1989, a balança comercial era de 76,6 milhões de dólares (177 milhões de reais) de exportações brasileiras e a importação de 31,9 milhões de dólares. Ano após ano houve um aumento gradual, que acabou sendo impulsionado no governo Lula (2003-2010) e mantidos na gestão de sua sucessora e aliada, Dilma Rousseff, o que demonstra um caráter político que incentivou esses negócios. Em 2013, por exemplo, as empresas brasileiras venderam 528,1 milhões de dólares para Cuba e importaram 96,6 milhões de dólares. Ou seja, multiplicou por sete as exportações e por três as importações. Os principais produtos exportados no ano passado foram arroz, leite, óleo de soja, miúdos de frango e sabão. Os importados são medicamentos, vacinas e charutos.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador para Cuba, caso se exclua a venda de petróleo feita pela Venezuela. A China está em primeiro lugar nesse ranking e o Canadá, em terceiro. Algumas das empresas brasileiras que atuam na ilha são, a Souza Cruz (fumo), a Surimpex, a JBS e a Brasil Foods (alimentos). Outras já estão de olho nesse mercado e, recentemente, participaram de expedições promovidas pelo governo Rousseff. Entre elas estão, Bauducco, Asa Alimentos, Globoaves e Vilheto e Cosil, do ramo de alimentação; a TendTudo, do setor de construção; Oberthur, fabricante de equipamentos de informática e e Eletroflex, que fabrica peças de caminhões e tratores.