A desaceleração na China já é sentida nos Estados Unidos.

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Em janeiro, os portos americanos tiveram queda de 2,7% no volume de contêineres, de acordo com a Panjiva, unidade de pesquisas da S&P Global Market Intelligence.

A autoridades disseram esperar declínios bem maiores conforme a crise se prolongar.“O impacto econômico geral de emergências desse tipo costuma ser da ordem das dezenas de bilhões de dólares”, disse Cary Davis, funcionária da Associação Americana de Autoridades Portuárias. “De acordo com a epidemia do coronavírus, o volume de carga nos portos americanos pode ter queda anual de 20% ou mais em comparação ao mesmo período de 2019.”

Agências do governo chinês anunciaram uma série de medidas nos dias mais recentes com o objetivo de colocar novamente em movimento a frota de caminhões e portos. Mas ninguém sabe dizer quanto tempo vai levar para que a atividade retorne ao normal.

Lugares como a província de Jiangxi e a metrópole de Chongqing ordenaram esta semana a remoção da maioria dos incontáveis bloqueios e postos de controle erguidos pelas cidades para manter afastados os viajantes infectados. Na terça-feira, Xangai concordou em permitir a entrada e saída de caminhões da cidade com poucas verificações de saúde, enquanto aqueles que chegam a bordo de carros e ônibus ainda são submetidos a uma demorada investigação e, em alguns casos, a quarentenas de duas semanas.

Algumas fábricas ainda estão com as mercadorias que produziram em janeiro e nunca conseguiram enviar, antes do feriado do Ano Novo Lunar que se transformou em um desligamento nacional de um mês. “Há muita produção acumulada a ser enviada quando as fábricas reabrirem, e não há capacidade de transporte suficiente para esse volume”, disse Brian Wu, presidente da Associação de Agentes de Carga de Hong Kong.

Os guindastes dos portos e outros equipamentos parecem estar funcionando normalmente na China, embora a falta de caminhões tenha dificultado a distribuição de mercadorias em alguns portos depois de serem descarregadas. “Não vemos nenhuma anormalidade nos portos – a maioria dos portos e das alfândegas está funcionado com sua capacidade total”, disse Wu.