Servidora detida pela Polícia Federal paga fiança e é solta

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Servidora presta serviços na Alfândega do Porto de Santos (Foto:Luigi Bongiovanni/A Tribuna)
      Servidora presta serviços na Alfândega do Porto de Santos .Prisão aconteceu após um envelope com R$ 20 mil ter sido encontrado em sua mesa Foto:Luigi Bongiovanni/A Tribuna)

Uma denúncia de extorsão para facilitação do desembaraço de cargas no Porto de Santos rendeu três dias de prisão a uma servidora que presta serviços na Alfândega do cais santista. Ela foi presa em flagrante pela Polícia Federal (PF) na última sexta-feira, mas garantiu sua liberdade no final da tarde de ontem, após pagar uma fiança de R$ 9.370. A prisão aconteceu após um envelope com R$ 20 mil ter sido encontrado em sua mesa.

A servidora é funcionária do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), mas presta serviços na Alfândega do Porto de Santos. Ela atua como uma espécie de secretária, segundo seu advogado, Felipe Fontes dos Reis Pires de Campos.

Conforme a PF, a investigação surgiu após a denúncia de um empresário que atua no Porto. Ele afirmou ter sido extorquido por um despachante aduaneiro, que também estaria sendo cobrado pelos servidores da Alfândega.

Após autorização judicial, na sexta-feira, foi feita uma vistoria no escritório onde a servidora atuava. Lá, foi encontrado o envelope com o dinheiro de propina. Os R$ 20 mil pagos pelo empresário foram encontrados sobre a mesa da servidora.

A suspeita da PF era de que um auditor fiscal detido também participasse do esquema. No entanto, não foram encontradas provas que justificassem a sua prisão em flagrante e ele foi liberado.

Segundo o advogado, a servidora nega qualquer envolvimento na extorsão e diz que apenas recebeu um envelope que teria como destino uma outra pessoa. Campos também afirma que a função exercida por sua cliente não lhe garantia a atribuição de liberar de cargas ou tributos.

Procurada, a Alfândega informou, através de sua assessoria, que encaminhou os dados sobre a servidora à Corregedoria da 8ª Região Fiscal, na Capital. Por isso, não se posicionou sobre o caso.

Fonte: A Tribuna

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