P-75 e P-77: chegada de peças ameniza indefinição

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peças P-75
Navio com peças para a obra das plataformas atracou no cais do estaleiro QGI, em Rio Grande, vindo da Turquia

A possibilidade da obra da plataformas P-75 e P-77 ser totalmente executada na China está descartada – pelo menos em parte. A garantia foi dada com a chegada do navio ao cais do estaleiro QGI, no porto gaúcho, vindo da Turquia com 500 toneladas de estruturas para os projetos. São peças de até 70 metros de altura que integram o flare – a torre das plataformas responsável pela queima do gás durante a extração do petróleo. O procedimento também reacende as esperanças dos trabalhadores desempregados, ansiosos pela definição do impasse.

A Petrobras e o estaleiro negociam os projetos desde setembro de 2013. O valor original do contrato – US$ 1,68 bilhão – é motivo de uma intensa negociação para definir aditivos, alvo de rigorosa análise após a Operação Lava Jato. A estatal já deu o ok aos novos valores. Resta agora o estaleiro assinar embaixo para iniciar a obra.

Mesmo se o desfecho for positivo – o que pode ocorrer ainda este mês – o polo naval gaúcho não vai escapar de um detalhe: a partilha das etapas do projeto. Nem tudo será realizado na China, mas nem tudo ficará no estaleiro gaúcho. Fontes ouvidas pela Portos&Mercados indicam que Rio Grande ficará com a construção de quatro módulos das plataformas, além do processo de montagem do flare e integração final. Os cascos e o restante dos módulos virão prontos do continente asiático.