O Governo Federal receberá,nesta quinta-feira (17) , a proposta de entidades do Porto de Santos que pedem a privatização da dragagem do cais santista. Isto acontecerá durante a primeira reunião do grupo de trabalho interministerial criado para discutir o assunto na capital federal.
A nova empresa, que pode ser uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), terá como único objetivo garantir a dragagem do Porto de Santos. Como remuneração, ela receberia parte da tarifa destinada à manutenção das profundidades do cais santista. Pela proposta, a entidade não terá fins lucrativos.
A secretaria vinculada ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) também terá grande participação, assim como a Câmara dos Deputados.
O grupo de trabalho contará, ainda, com representantes de quatro entidades. Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop) e Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP) vão representar os usuários do Porto de Santos. “Em conversa com o Moreira Franco (secretário-geral da Presidência da República) eu pontuei que cada porto tem sua especificidade. O Porto de Santos é o maior da América Latina e é muito específico. Precisa de atenção e foco”, explicou o parlamentar.
Sobrevivência
Segundo o executivo, o movimento que estudava soluções para a manutenção das profundidades do cais santista já existia há algum tempo. Mas as discussões foram intensificadas diante da ineficiente gestão da obra. “O clímax foi em 30 de junho, quando houve a redução do calado, mas muito antes o Porto já não tinha os 15 metros de profundidad</CW>e que deveria ter”.
A proposta que será encaminhada ao Governo Federal prevê que a Autoridade Portuária deixe de receber as tarifas relacionadas à infraestrutura aquaviária. Questionado sobre o risco de perda de receitas, Aquino garante que esse não é um problema.“Primeiro, precisamos ver o motivo pelo qual o serviço não está sendo feito. É preciso explicar porque e para onde estão indo esses recursos, já que o Governo Federal também tem feito aportes”, destacou o executivo.
Diante disso, segundo Aquino, no caso da iniciativa privada assumir a obra, a União deixaria de ter esse encargo e poderia subsidiar a Autoridade Portuária. “Não há como falar em risco financeiro”.
Fonte: Tribuna de Santos / Fernanda Balbino